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Feijão com arroz, Classe C, Futebol, Samba, Gambiarra.
Interessante ver como temas óbvios que trouxemos pra cá nas últimas semanas já escancaram a nossa ignorância sobre o Brasil: um prato que não é tão igual assim, um segmento da sociedade que não se explica em gráficos, uma paixão manifestada de formas diversas, um estilo musical que não se resume ao Carnaval, um jeito cotidiano de ser inventivo.

A urgência por respostas parece ser o principal motivo que atrai seguidores pra cá: o que é, então, o Brasil?

Mas, será que faz sentido uma corrida desesperada por respostas? Pensamos que não.
E lembrei-me agora do Cartas a um Jovem Poeta, do Rilke:

Viva as perguntas agora.
Talvez você possa, então,
pouco a pouco,
sem mesmo perceber,
conviver, algum dia distante,
com as respostas.

Não é à toa que decidimos ser uma biblioteca. Queremos continuar com o ritmo dos que se permitem fazer perguntas, questionar o óbvio, investigar o novo, entrevistar, colecionar e catalogar.

A Ana é designer e curadora e está sempre em busca de trabalhos e artistas brasileiros. Eu, apaixonada por música, tive logo a vontade de pensar em bibliotecas musicais. Queremos conversar com pessoas que estão à frente de temas e projetos brasileiros, para investigar os porquês por atrás deles.

Do óbvio samba ao surpreendente hip hop, é assim que continuaremos. Ficamos pensando e desenhando o #obrasilcoms nos últimos dias e é isso mesmo: nossa intenção é buscar o que não sabemos sobre o Brasil.